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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Tablets e leitores digitais ameaçam a tinta e o papel

Barnes & Noble entrou na briga contra o Kindle Fire, da Amazon, com a mesma estratégia: lançou versão tablet Nook Color do e-reader. Foto: Divulgação
Barnes & Noble entrou na briga contra o Kindle Fire, da Amazon, com a mesma estratégia: lançou versão tablet Nook Color do e-reader

Os Tablets e os leitores digitais ameaçam tornar o papel obsoleto para os editores de livros, revistas e jornais, já que as pessoas cada vez mais se habituam a ler as notícias, romances e livros de referência em telas dos mais variados formatos. "É uma questão de tempo antes que a gente pare de cortar árvores e que todas as nossas publicações se tornem digitais", afirma o analista Tim Bejarin, presidente da Creative Strategies.
Há quatro anos a gigante do comércio na internet Amazon popularizou a utilização de telas para a leitura de romances com o seu leitor, o Kindle. Depois, em 2010, a Apple atiçou um apetite insaciável por seus tablets iPad, ideais para devorar todos os formatos digitais, desde filmes até revistas e livros. O aumento nas vendas dos leitores e tablets devem permitir que as vendas globais de livros digitais cheguem a 9,7 bilhões até 2016, triplicando o crescimento de 2011, de acordo com um relatório da empresa Juniper Research.
"O mercado para e-books está crescendo rapidamente, a velocidade da mudança comportamental do consumidor é medida em meses, em vez de anos", disse a vice-diretora executiva do Grupo de Estudo do livro (BISG), Angela Bole. De fato, os leitores que provam o digital são rapidamente conquistados: quase metade dos compradores de livros em papel e digitais estão dispostos a desistir do papel, caso possam encontrar o que desejam em formato digital.
Já as livrarias correm o risco de desaparecerem. Algumas tentam se defender adotando a tendência, como a Barnes & Noble com seu leitor Nook, ou a francesa Fnac com o Kobo by Fnac. "Eu estou entre aqueles que pensam que o novo entusiasmo pelos e-books desenvolve no povo o interesse geral pela leitura", disse o analista Allen Weiner, da Gartner. Estudos mostram que a posse de um leitor tende a aumentar o interesse pela leitura, uma boa notícia para os editores.
"Toda vez que motivamos as pessoas a lerem, independentemente da forma, desencadeamos o amor pela leitura", afirmou ele, convencido de que os livros em papel vão manter uma quota do mercado, como livros apreciados em casa. "Será que isso vai forçar as editoras a pensarem diferente? Claro, mas esta não é a morte da edição impressa", disse. Bajarin acredita que vai demorar pelo menos dez anos antes da tinta e o papel se tornem obsoletos. "Todas as pessoas com mais de 45 anos cresceu com este formato e, para muitos, ele será sempre o formato mais confortável".
Para jornais e revistas, o prazo será mais curto. "O papel vai desaparecer para jornais, as revistas terão que encontrar um equilíbrio entre o papel e o digital", previu Weiner. Atualmente, os jornais gastam um monte de papel na impressão e distribuição, além disso, os artigos em papel não podem chegar ao leitor tão frescos como os que saem na internet. Portanto, o grupo News Corporation lançou no início deste ano em Nova York um jornal concebido especificamente para o formato digital, o The Daily. Os jornais tradicionais melhoraram seus sites e lançaram edições sob medida para os leitores e tablets.
Em novembro, a Time Warner nomeou uma especialista em publicidade digital, Laura Lang, padroeira da Digitas (Publicis Group), para a gestão do grupo de mídia Time, o maior editor de revistas dos Estados Unidos. "As revistas ainda estão tentando entender como funciona o digital", disse Weiner. Quanto aos grupos da internet, eles começam em formato de revista: o Yahoo! lançou no mês passado o Livestand, combinando imagens, textos estáticos e em movimento para o iPad. Ele concorre principalmente com o Flipboard, que apresenta na forma de revista eletrônica várias seleções de artigos.

Mercado!

Samsung prevê vendas de celulares 15% maiores em 2012

A Samsung é uma fabricante de eletrônicos da Coreia do Sul. Foto: AFP
A Samsung é uma fabricante de eletrônicos da Coreia do Sul


A Samsung Electronics espera um aumento de 15% nas vendas de celulares no próximo ano, com maiores entregas de smartphones, aumentando a concorrência com a Nokia, publicou um jornal da Coreia do Sul nesta terça-feira. A Samsung superou a Apple e atingiu a liderança em vendas de smartphones no trimestre de julho a setembro, graças aos smartphones Galaxy S, que operam com a plataforma Android, do Google.
A Samsung espera vender 374 milhões de celulares no próximo ano, contra 325 milhões previstos para este ano, segundo o Korea Economic Daily, citando fontes da indústria.
A Nokia deve registrar uma queda de 5% nas vendas, para 399 milhões de celulares em 2012, segundo o jornal, citando números da empresa de pesquisas Strategy Analytics.
Além dos 374 milhões de celulares, a Samsung espera vender 150 milhões de smartphones no próximo ano, afirmou a publicação. Um porta-voz da Samsung não estava imediatamente disponível para comentar o assunto.
A finlandesa Nokia está se esforçando para competir com os produtos da Apple e da Samsung no crescente mercado de smartphones, apesar da aliança com a Microsoft. O primeiro modelo da Nokia com a plataforma Windows, o Lumia 800, despertou pouco interesse dos consumidores e apenas 2% dos europeus que utilizam smartphones disseram que comprariam o aparelho, segundo pesquisa da Exane BNP Paribas.

Jovens e a tecnologia!

Protótipo de TV permite que pessoas 'entrem' na cena

Projeto une diversas ferramentas simples para gerar uma interação antes vista só em filmes. Foto: Reprodução/TecMundo
Projeto une diversas ferramentas simples para gerar uma interação antes vista só em filmes

Quem nunca sonhou em poder entrar na TV para viver as aventuras mostradas nela? Pois com a criação da estudante de design de mídia Jayne Vidheecharoen, isso pode estar um pouco mais perto da realidade.
Chamado de Portal (não confundir com o nome do game), o protótipo consiste em uma TV comum com uma entrada em sua lateral, para que a pessoa coloque seu braço. Fazendo isso, ela pode não só ver a própria mão na tela, como também interagir diretamente com os objetos na imagem.

Resultado.

Android dobra número de ativações diárias durante o Natal

Android teve 3,7 milhões de ativações entre os dias 24 e 25 de dezembro. Foto: Reprodução/Gizmodo
Android teve 3,7 milhões de ativações entre os dias 24 e 25 de dezembro

A cada dia, são ativados 700 mil Androids no mundo, mas no Natal esse número deu um salto impressionante, chegando a 1,85 milhões por dia em média, mais que o dobro do normal. Nos dias 24 e 25 de dezembro, foram ativados 3,7 milhões de smartphones e tablets com o robô. Quem informa o número é Andy Rubin, chefe do Android no Google, através do Twitter.

Site mostra perfil médio de usuário do Android em 2011


Dados mostram que 37% dos pesquisados têm sardas e 33% não tem nenhum app pago. Foto: TecMundo/Reprodução
Dados mostram que 37% dos pesquisados têm sardas e 33% não tem nenhum app pago

O pessoal do BlueStacks, que criou um aplicativo de mesmo nome responsável por rodar aplicativos de Android no Windows 7, mostra mais uma vez o conhecimento de causa que tem do universo do sistema portátil da Google. Os criadores usaram dados oferecidos pelos mais de 145 mil fãs de sua página no Facebook e alertam que eles "não são científicos, mas novamente, assim é o amor".
O fato é que com a quantidade de informações que coletaram durante os dias 12 e 19 de dezembro deste ano, a equipe do BlueStacks mapeou praticamente tudo o que era possível em relação a quem usa Android. As informações vão desde o local onde vivem e as roupas que vestem até a cor do cabelo, se têm sardas no rosto ou ainda se usam relógio de pulso.

Oportunidade

Jovem de 16 anos cria aplicativo e fecha contrato milionário


Nick D'Aloisio criou o Summly, que resume o conteúdo de páginas e resultados de buscas, agilizando a navegação na web. Foto: BBC Brasil
Nick D'Aloisio criou o Summly, que resume o conteúdo de páginas e resultados de buscas, agilizando a navegação na web


    Um adolescente de apenas 16 anos, de Londres, desenvolveu um aplicativo que ganhou manchetes em várias partes do globo e fechou contrato com um dos homens mais ricos do mundo. Nick D'Aloisio desenvolveu um app para smartphones chamado Summly, que resume o conteúdo de páginas e resultados de buscas, agilizando a navegação pela internet.
    O adolescente conta que a inspiração para a criação do aplicativo surgiu há seis meses, quando estudava para uma prova de história em seu quarto, no bairro de Wimbledon. "Eu estava usando mecanismos de buscas online para pesquisas em história. Enquanto eu estudava, notei que encontrei resultados irrelevantes em minha pesquisa e isto me prejudicava, eu me distraía quando clicava nestes resultados", disse o estudante à BBC.
    Então Nick imaginou se haveria um jeito de avaliar o significado destes conteúdos instantaneamente, para economizar tempo e evitar distrações.
    Versão inicial
    Há seis meses, Nick criou uma versão inicial do Summly, que não usava as técnicas avançadas do aplicativo atual, mas ainda assim "era uma boa ferramenta para estudo de textos". Esta versão inicial conseguiu destaque na imprensa e atraiu o interesse de um conhecido investidor, o bilionário chinês Li Ka Shing, considerado um dos homens mais ricos da Ásia, que acabou investindo US$ 250 mil no desenvolvimento do aplicativo. "Desde então, estamos avaliando a tecnologia que atualmente temos e explorando novas formas de torná-la mais precisa", disse o adolescente.

    O aplicativo permite o acesso no smartphone a versões resumidas de páginas, URLs e resultados de buscas em sites como Google, por exemplo. Nick conta que, no futuro, seu aplicativo poderá ser usado também para resumos de e-books, emails e a tecnologia poderá ser usada também para notícias.
    Lançado no meio do mês de dezembro, o Summly conseguiu 30 mil downloads em sua primeira semana e já resumiu dezenas de milhares de páginas. Atualmente o aplicativo está disponível para o iPhone, mas há planos para lançar versões para o Android e para uso geral na internet a partir no Ano Novo. Mas, Nick afirma que tem ainda mais planos para sua criação.
    "Atualmente existe uma abundância de informação, muitas redes sociais criando muito conteúdo. Você precisa de ferramentas como o Summly ou o Siri para selecionar", disse. O adolescente acredita que os resumos podem facilitar o compartilhamento de conteúdo no Facebook e Twitter.
    E, segundo Nick, várias companhias, que ele não revela o nome, já estão sondando para conseguir licenciar a tecnologia que ele criou. Mas, por enquanto, o adolescente está satisfeito com o que conseguiu.
    Modéstia
    O blogueiro Om Malik, especializado em tecnologia, foi o primeiro a entrevistar o adolescente e o descreveu como um "menino gênio", comparando-o aos fundadores do Google, Sergey Brin e Larry Page.

    Nick não aceita o rótulo de gênio e afirma que aprender a criar o programa "não foi tão difícil" e, na verdade, ele conseguiu fazer isto em meio ao dever de casa. Quando o adolescente entregou seus trabalhos de início do semestre, os professores ficaram surpresos pelo fato de que ele conseguiu codificar o Summly e ainda teve tempo de fazer os deveres.
    Agora, ele precisará arrumar tempo para viajar para San Francisco, nos Estados Unidos, em janeiro, para uma reunião com os investidores da Horizon Ventures, que deram apoio ao aplicativo.
    E, mesmo com a agenda cheia, Nick afirma que não pretende abandonar a escola. "Eu gosto, encontro meus amigos, gosto dos esportes, da coisa toda", disse.