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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Natal termina com desaceleração das vendas no varejo

Em 2011, aumento de 5,5% nas compras em shopping centers passa longe do resultado do ano anterior, em que a alta chegou a 13%

Árvore de natal com presentes
Comércio já sofre efeitos da desaceleração econômica no Natal (Thinkstock)
O ano de 2011 não pode ser considerado ruim para o setor varejista brasileiro – mas está bem longe de acumular as mesmas glórias de 2010. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), o aumento das vendas de Natal chegou a 5,5% este ano, ante uma alta de 13% verificada no mesmo período do ano anterior. O número frustra as expectativas da própria entidade, que previu recentemente um aumento de 6,5% nas vendas do período. O tombo é ainda maior se comparado à projeção feita no início do ano: alta de 10% nas vendas de Natal.
O resultado pode ser explicado por dados negativos sobre a economia brasileira divulgados nas últimas semanas: o crescimento nulo do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, seguido pela estagnação do varejo em outubro deste ano – ambos informados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em dezembro. 
Outro fator que contribuiu para o desaquecimento natalino foi o aumento da inflação. A expectativa do mercado é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) termine 2011 acima da meta de 6,5%. A desaceleração na atividade industrial também influencia o cenário, já que atua diretamente na criação de empregos e de riqueza. Até outubro de 2011, a indústria avançou 0,7%, enquanto no mesmo período do ano passado, foi registrada uma alta recorde de 11,8%.
Outro dado ruim para o varejo é o nível de inadimplência do consumidor. A taxa de insolvência das pessoas físicas – medida pelo Banco Central para os atrasos nos pagamentos de empréstimos de mais de 90 dias – atingiu recorde em novembro, de 7,3%. Já o endividamento total das famílias junto aos bancos (em proporção à renda) atingiu a marca histórica de 42,47% em outubro. “O consumidor estava menos disposto a se endividar nas compras de Natal”, afirma o consultor de varejo Sylvio Mandel.
Na avaliação de Mandel, há ainda a influência de um fator climático. “As chuvas que atingiram todo o país no início de dezembro prejudicaram o consumo em todas as regiões. E, por mais que as vendas tenham se acelerado na segunda metade do mês, os resultados ficaram aquém do esperado”, afirma.

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