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sexta-feira, 8 de julho de 2011


Na "era dos smartphones", a bateria é a grande esquecida

As baterias de íon-Lítio, vendidas em grande parte para os celulares, são pequenas e sua vida útil é mais longa, o que as torna perfeitas para este .... Foto: EFE
A bateria é um item importante a considerar na hora de comprar um eletrônico

    NICOLÁS FRANCÉS
    Hoje em dia a maioria dos portáteis como celulares, consoles, MP3 e câmeras digitais utiliza como fonte de energia as baterias de íon-lítio já que são muito eficazes quanto a sua autonomia e vida útil. Na hora de comprar algum tipo de dispositivo eletrônico, os consumidores tendem a se limitar a descobrir as características do aparelho em questão, como por exemplo a quantidade de megapixels, o tipo de tela, deixando de lado uma das peças mais importantes: a bateria.
    Não se pode esquecer que sem uma boa alimentação, nossos aparelhos eletrônicos não funcionam corretamente, por isso devemos levar em conta uma série de fatores.
    Efeito Memória
    Para começar, é preciso deixar claro um termo muito utilizado quando o assunto é baterias, o "efeito memória". De acordo com o site especializado em tecnologia Xakata, o "efeito memória" é "um fenômeno pelo qual a capacidade das baterias é reduzida devido a uma incorreta gestão das cargas por parte do usuário ou mesmo por superaquecimento".
    Ao carregar as baterias sem que estas cheguem a estar totalmente descarregadas, os compostos responsáveis por gerar a reação química que produz a corrente elétrica "criam cristais que modificam a voltagem e reduzem seu potencial energético". Na prática, isso significa uma menor autonomia para nossos dispositivos eletrônicos.
    Se nos concentrarmos nas baterias de lítio, que são as mais utilizadas, este efeito 'memória' é pouco perceptível, por isso não é preciso esperar que a bateria esteja totalmente descarregada para conectá-la à tomada. Também não é necessário que a primeira carga de um dispositivo eletrônico seja consideravelmente mais longa que o resto para aumentar sua capacidade. Com as baterias antigas isso funcionava, mas já não é necessário.
    Baterias mais usadas
    É preciso lembrar que as baterias são uma espécie de contêiner onde se produzem reações químicas que viram corrente elétrica. Estas reações, que são um tanto complexas, não acontecem da mesma maneira por tempo indefinido, mas vão se atenuando.
    Há baterias de vários tipos. Temos as baterias de níquel-cádmio que segundo a empresa Stereo Sl, "são baseadas em um sistema formado por hidróxido de níquel, hidróxido de potássio e cádmio metálico". São as baterias recarregáveis mais antigas que existem e que fizeram parte dos primeiros anos da telefonia e informática móvel. Sua vida útil bem curta e o fator contaminante do cádmio tornaram desaconselháveis seu uso.
    Também há as baterias de níquel e metal hidruro (NiMh) que ainda estão presentes em alguns aparelhos eletrônicos porque, diz o site Xakata, "são bastante econômicas, respeitam o meio ambiente e não têm efeito memória". O único inconveniente é que com poucos ciclos de carga começam a perder efetividade.
    Mas sem dúvida as mais famosas e comercializadas devido a sua rapidez, grande autonomia e tamanho reduzido são as baterias de lítio, representadas com as palavras "Lítio-íon". De acordo com o Xakata também não têm "efeito memória" e sua vida útil é muito boa. Devido a seu pequeno tamanho e usabilidade é ideal para celulares, câmeras, jogos consoles, e outros dispositivos portáteis. Graças à ausência de "efeito memória" é possível carregá-la a qualquer momento.
    Recomendações de uso - Lítio-íon
    Confira algumas das recomendações que os especialistas dão sobre o uso deste tipo de baterias já que são as mais utilizadas atualmente.
    Como já dissemos não é necessário uma primeira carga mais longa. Segundo o site elfrancotirador.cl, a capacidade da bateria de lítio é máxima desde o primeiro uso, não é preciso uma "calibragem" para ganhar eficiência. Se a temos conectada ao carregador e se carga está inteira, segundo o site não acontece nada por deixá-la conectada na tomada já que "as baterias de Lítio-íon possuem um circuito que corta a passagem de energia uma vez que a carga tenha completado".
    Quanto à carga das baterias, os especialistas indicam que é recomendável utilizar a energia através do carregador, que é a correta segundo a preparam de fábrica, já que a energia que chega do cabo USB conectado ao computador não é tão confiável. De acordo com a Palm, "é recomendável usar o carregador para o aparelho correto. A porta USB de alguns computadores - especialmente os notebooks - nem sempre manterá os 500mA requeridos, por isso tomará até três vezes mais tempo para completar a carga".
    O site elfrancotirador.cl também recomenda que no caso do notebook, se for utilizado conectado à tomada, é recomendável tirar a bateria já que o calor produzido faz com que diminua a resistência da bateria.
    Uma novidade é a criação de placas de indução que funcionam como carregador, sem necessidade de utilizar um adaptador específico para cada tipo de aparelho eletrônico. Um exemplo disso são os carregadores comercializados pela empresa PowerMat.
    Trata-se de uma placa retangular na qual, ao apoiar os aparelhos eletrônicos, estes começam a se carregar. Segundo a empresa, podemos carregar até quatro gadgets ao mesmo tempo; três por indução e um quarto de maneira convencional.

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