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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Acompanhe o cenário de preços de aquisição de aparelhos celulares

A venda de telefones celulares tem sido um trunfo utilizado pelas operadoras na conquista de novos clientes. No Brasil, no entanto, a participação da venda de telefones celulares na receita bruta das operadoras é cada vez menor.




A receita bruta com a venda de telefones celulares de Vivo, Claro, Tim e Oi caiu de R$ 9,2 bilhões em 2005 para R$ 6,1 bilhões em 2010. A queda aconteceu em todas estas operadoras.


O desbloqueio obrigatório dos telefones celulares determinado pela Anatel no início de 2010 contribuiu para este cenário, pois tornou inviável a venda de aparelhos subsidiados para o segmento pré-pago.

As operadoras passaram então a concentrar a venda de aparelhos subsidiados no segmento pós-pago e, principalmente, para o mercado corporativo reduzindo os seus estoques de aparelhos.




A Oi, que liderou a campanha pelo desbloqueio dos telefones celulares, ficou mais bem posicionada neste novo cenário. As outras três operadoras, grupos internacionais, adquiriam os aparelhos por preços vantajosos por terem um volume mundial de compra de aparelhos.

Mas, a redução dos subsídios para aparelhos ajudou também na diminuição do custo de aquisição de clientes das operadoras.





Em 2005, essas quatro operadoras gastaram R$ 6,6 bilhões na aquisição de telefones celulares. Naquela época, quase 100% das vendas de telefones eram feitas pelas operadoras de celulares, tendo sido vendidos naquele ano 35 milhões de celulares no Brasil.




Em 2010 o cenário era outro. Estas mesmas quatro operadoras gastaram R$ 4,4 bilhões na aquisição de aparelhos e foram consumidos pelo mercado interno cerca de 57 milhões de aparelhos. Em 2011, a maior parte dos telefones celulares do Brasil devem ser vendidos diretamente para o consumidor, sem passar pelas mãos das operadoras.

As operadoras de celular não devem abandonar totalmente a venda de telefones celulares. A venda de um aparelho subsidiado associado a um plano de serviço pós-pago ou corporativo ainda é um bom mecanismo para fidelizar e conquistar clientes de maior ARPU. O desejo de possuir um smartphonessofisticado ou um tablet continuará a ser explorado pelas operadoras, principalmente por aquelas com um foco maior nestes segmentos, como a Vivo e a Claro.


Diante deste cenário pergunta-se:
  • As operadoras devem continuar subsidiando a venda de telefones celulares no Brasil?
  • O crescimento da venda direta de telefones celulares pode enfraquecer o papel das operadoras na venda de serviços de valor adicionado?
  • Como evoluirá a venda de aparelhos no mercado corporativo?

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